quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A mulher dependente emocionalmente e carente

Letícia Murta

Você ama seu companheiro, faz de tudo para que ele esteja ao seu lado e só acha graça em algum programa se ele está com você. Durante o dia, você liga várias vezes, morre de saudades e conta os minutos para poder estar com seu amor. Será que você está mantendo uma relação saudável ou está envolvida em uma dependência emocional?

A mulher que é dependente emocionalmente é carente, possui comportamento submisso, não tem autoconfiança e só de imaginar que pode se separar de seu amor definitivamente sente calafrios. Este tipo de dependência torna a pessoa grudenta, pegajosa e, ao contrário do que é seu desejo, pode acabar mandando seu amor para bem longe.

As pessoas, mesmo em relacionamentos sérios, precisam de pausas e momentos em que possam respirar e viver experiências com outras pessoas. Namorar e casar não anula as outras questões da vida e mesmo os mais apaixonados sentem falta dos amigos e de programas longe do companheiro. Se você é do tipo de mulher que não dá liberdade para que seu namorado ou marido tenha vida individual, tome muito cuidado, você pode estar sofrendo e o fazendo sofrer também.

A dependência pode ter suas raízes na infância, quando a criança não se sente amada o bastante e cresce com um vazio emocional.Ela sente que falta algo para que possa ser feliz e pode voltar exagerar em vários sentidos, criando dependências emocionais, alimentares, sexuais, com entorpecentes e outras mais. Quando a pessoa se sente incompleto, ela busca por elementos exteriores que possam saciar o buraco que sentem dentro de si.

A mulher dependente e problemática
A mulher que desenvolve a dependência emocional gosta de sentir que o outro também depende dela e, por isso, geralmente se envolve com pessoas problemáticas. Desta forma ela se sente útil, resolvendo problemas dos mais diversos e com isso criando a falsa expectativa de que é fundamental para o outro.A mulher com dependência emociona tem tanto medo do fim do relacionamento, que tenta a todo custo criar formas de que o outro não viva sem ela.

Assim como em outros casos de dependência, o tratamento é doloroso e é necessário uma "desintoxicação" realizada por meio de análise terapêutica. É preciso que a mulher que sofre com a dependência emocional compreenda que não é mais aquela menininha que sofria e sentia medo da solidão e possa encarar a vida de frente. Ter a exata noção de que é capaz de sobreviver a qualquer rompimento de relação é fundamental para que a união seja saudável e duradoura. Quem vive com medo de perder a pessoa amada, não aproveita os momentos em que estão juntos.

Se você se identificou com o perfil da pessoa que sofre com a dependência emocional e aceita o desafio de mudar, o primeiro passo é procurar ajuda. Dificilmente você conseguirá sair da situação sozinha. Existem grupos de ajuda como as Mulheres que Amam Demais Anônimas (MADA) que acolhem e ajudam na recuperação de mulheres com dependência emocional. Você verá que não está sozinha e que poderá se recuperar com o apoio de pessoas que passaram pela mesma situação que você.

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